A 'velha' Borland não existe mais
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A 'velha' Borland não existe mais
Os últimos restos da Borland, outrora uma orgulhosa fornecedora de ferramentas para desenvolvimento, não existem mais. A empresa que chama a si mesma de Borland vendeu a "CodeGear", sua divisão criada para capitanear as "ferramentas IDE", por meros US$ 23 milhões para a Embarcadero Technologies (http://www.embarcadero.com/). A Embarcadero é uma empresa privada que lucra US$ 60 milhões por ano vendendo ferramentas para bancos de dados. As ações da Borland caíram 10% com a notícia.
A Borland começou sua vida para vender o Turbo Pascall, um produto criado por Anders Hejlsberg na Dinamarca, para competir com os interpretadores BASIC desenvolvidos por Paul Allen e Bill Gates, fundadores da Microsoft. O Turbo Pascall foi o primeiro compilador com um editor integrado; é o avô das IDEs que vemos hoje no Visual Studio e Eclipse.
A Borland então começou a desenvolver o "Turbo C", uma IDE baseada em linguagem C, e a profissional "Borland C++" que, na época do nascimento do Windows, vendeu mais do que o C/C++ da Microsoft na proporção de 2 para 1. A Borland C++ 3.1 era uma IDE madura baseada em Windows com depurador e profiler. As ofertas concorrentes da Microsoft, C 6.0 e C/C++ 7.0, eram ferramentas que ainda utilizavam a linha de comando. O C++ 7.0 foi uma desgraça total; travava enquanto compilava programas simples. Não foi até a chegada do Visual C++ e a estagnação da oferta da Borland que a Microsoft se tornou novamente a líder na arena de compiladores.
A Microsoft lançou o Visual Basic no início dos anos 90 e a Borland respondeu com o Delphi, uma ferramenta RAD baseada em Pascal para Windows. O Delphi foi (e ainda é) altamente popular no Brasil e em diversos países da Europa. Anders Hejlsberg também estava por trás do Delphi. Depois que Anders e muitas outras pessoas deixaram a Borland em 1997, a empresa não chegou a lançar nenhuma ferramenta de desenvolvimento realmente inovadora, embora houvessem algumas tentativas, especialmente com o JBuilder, sua ferramenta baseada em Java.
Enquanto a divisão de ferramentas se saiu bem até o final dos anos 90, o resto da empresa chafurdou. De acordo com Philippe Kahn, fundador da empresa, a aquisição da Ashton-Tate (do dBase) em 1989 foi um grande engano do qual nunca se recuperaram. Outros grandes enganos se seguiram, como renomear a empresa para "Inprise" e depois novamente para Borland, graças a algumas pessoas incompetentes contratadas da Apple depois que Steve Jobs as demitiu quando obteve de volta seu velho emprego.
Sim, existe uma empresa que chama a si mesma de Borland, mas a única coisa em comum desta empresa com a Borland do Turbo Pascal, Turbo C e Delphi é seu nome. Mesmo sua sede, que costumava ser em Scotts Valley, na Califórnia, agora fica em Austin, no Texas. Por causa de sua situação financeira e queda no valor de suas ações, a empresa vale 25% do que valia um ano atrás, nem isso deve durar muito tempo.
Praticamente todo mundo que trabalhou para a "velha" Borland agora é um funcionário da Microsoft. Com as raízes do .NET Framework claramente em Delphi, - Anders é o "pai" do C#, pode-se dizer que a Borland "ainda vive, mas dentro da Microsoft".
Fonte:Baboo
A Borland começou sua vida para vender o Turbo Pascall, um produto criado por Anders Hejlsberg na Dinamarca, para competir com os interpretadores BASIC desenvolvidos por Paul Allen e Bill Gates, fundadores da Microsoft. O Turbo Pascall foi o primeiro compilador com um editor integrado; é o avô das IDEs que vemos hoje no Visual Studio e Eclipse.
A Borland então começou a desenvolver o "Turbo C", uma IDE baseada em linguagem C, e a profissional "Borland C++" que, na época do nascimento do Windows, vendeu mais do que o C/C++ da Microsoft na proporção de 2 para 1. A Borland C++ 3.1 era uma IDE madura baseada em Windows com depurador e profiler. As ofertas concorrentes da Microsoft, C 6.0 e C/C++ 7.0, eram ferramentas que ainda utilizavam a linha de comando. O C++ 7.0 foi uma desgraça total; travava enquanto compilava programas simples. Não foi até a chegada do Visual C++ e a estagnação da oferta da Borland que a Microsoft se tornou novamente a líder na arena de compiladores.
A Microsoft lançou o Visual Basic no início dos anos 90 e a Borland respondeu com o Delphi, uma ferramenta RAD baseada em Pascal para Windows. O Delphi foi (e ainda é) altamente popular no Brasil e em diversos países da Europa. Anders Hejlsberg também estava por trás do Delphi. Depois que Anders e muitas outras pessoas deixaram a Borland em 1997, a empresa não chegou a lançar nenhuma ferramenta de desenvolvimento realmente inovadora, embora houvessem algumas tentativas, especialmente com o JBuilder, sua ferramenta baseada em Java.
Enquanto a divisão de ferramentas se saiu bem até o final dos anos 90, o resto da empresa chafurdou. De acordo com Philippe Kahn, fundador da empresa, a aquisição da Ashton-Tate (do dBase) em 1989 foi um grande engano do qual nunca se recuperaram. Outros grandes enganos se seguiram, como renomear a empresa para "Inprise" e depois novamente para Borland, graças a algumas pessoas incompetentes contratadas da Apple depois que Steve Jobs as demitiu quando obteve de volta seu velho emprego.
Sim, existe uma empresa que chama a si mesma de Borland, mas a única coisa em comum desta empresa com a Borland do Turbo Pascal, Turbo C e Delphi é seu nome. Mesmo sua sede, que costumava ser em Scotts Valley, na Califórnia, agora fica em Austin, no Texas. Por causa de sua situação financeira e queda no valor de suas ações, a empresa vale 25% do que valia um ano atrás, nem isso deve durar muito tempo.
Praticamente todo mundo que trabalhou para a "velha" Borland agora é um funcionário da Microsoft. Com as raízes do .NET Framework claramente em Delphi, - Anders é o "pai" do C#, pode-se dizer que a Borland "ainda vive, mas dentro da Microsoft".
Fonte:Baboo
Re: A 'velha' Borland não existe mais
Que coisa não, quem diria que a Borland um dia passaria a pertencer a Microsoft.
Pandora- Col
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